quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Teresa Caeiro gosta de começar o dia a achincalhar Portugal

Fiquei completamente boquiaberto e apático, imobilizado num estado algures entre uma sincera vergonha e uma profunda revolta, durante os cerca de quatro minutos de completo enxovalhanço internacional protagonizados por Teresa Caeiro à cadeia televisiva norte-americana CNBC (sim, à CNBC, essa mesmo, a que é vista e revista, nomeadamente, por agentes do mercado financeiro, investidores, etc.).

Teresa Caeiro, apesar das notórias limitações na língua inglesa, tentou em quatro minutos de retórica deitar por terra todas as iniciativas de promoção da imagem de Portugal no exterior, sejam aquelas promovidas por entidades governamentais, sejam as que são levadas a cabo todos os dias por inúmeras empresas e cidadãos portugueses que mostram o mundo aquilo de que são capazes.

Teresa, frente a uma câmara de televisão de um canal norte-americano com elevada projecção no mundo ocidental, não hesitou em tentar arrastar para a lama o nosso país, com declarações de tal forma graves sobre Portugal que quase fazem passar despercebidos os dados absurdamente errados que apresentou.

Em suma, fez precisamente o oposto daquilo que se espera de um político, de um representante do eleitorado.

Face ao aterrador espectáculo protagonizado por esta representante eleita, aproveito para indicar aquilo que, pessoalmente, acho que Teresa Caeiro deveria ter feito com os seus cerca de quatro minutos de antena numa cadeia televisiva internacional. Assim, não obstante a questão essencial da entrevista ser a dívida pública e Teresa Caeiro ter que assumir, de certa forma, o seu papel enquanto elemento da oposição, a deputada teria feito uma muito melhor figura se tivesse aproveitado a ocasião para:

1) Promover o papel das nossas empresas exportadoras, destacando a qualidade dos nossos produtos e a evolução que se tem verificado a este nível;
2) Realçar o aumento da actividade industrial, um excelente indicador da recuperação económica, recuperação essa que se assume como um verdadeiro desígnio nacional;
3) Destacar a verdadeira revolução que se tem verificado ao nível das energias renováveis, a qual tem contribuído para uma efectiva redução das importações de energia, de emissões de gases poluentes e da dependência de Portugal de fornecedores externos;
4) Referir que, não obstante o contexto actual, os dois principais partidos políticos alcançaram um consenso em relação às medidas de austeridade e ao Orçamento de Estado, o que transmite confiança aos mercados internacionais;
5) A genialidade e curiosidade dos Portugueses, que nos granjeou uma História repleta de sucessos, só por si um garante da nossa capacidade de contornar eficazmente os desafios com que nos deparamos actualmente.

Provavelmente, referir dois ou três destes aspectos seria algo muito complicado para Teresa Caeiro. É uma pena termos representantes assim. Foi um momento vergonhoso para Portugal, para todos nós. É a má política elevada ao seu expoente máximo.

Pessoas como Teresa Caeiro têm garantido um lugar muito especial na História: o daqueles que, numa situação mais complicada, ao invés de contribuir para a resolução dos problemas, dedicaram as suas energias a contribuir para agravar a situação e a deteriorar a imagem do país.

Em apenas duas palavras: ganhem vergonha.

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